terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Bento XVI pede respeito pelos deficientes auditivos

Bento XVI pediu aos responsáveis políticos e civis que respeitem a dignidade e os direitos das pessoas surdas e que promovam “a sua plena integração social”.

O apelo do Papa foi lançado durante a audiência aos participantes na conferência «Effathá! A pessoa surda na vida da Igreja», realizada no Vaticano entre 19 e 21 de Novembro.

Durante a intervenção no encontro organizado pelo Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, Bento XVI assegurou que a Igreja prosseguirá com amor e solidariedade o seu serviço neste campo.

“Infelizmente, ao lado de tantos gestos de acolhimento, solidariedade e comunhão com as pessoas surdas, subsistem ainda preconceitos e discriminações, contrários ao respeito pela pessoa e à sua integração social”, denunciou o Papa.

“Sobretudo nos países em vias de desenvolvimento – prosseguiu – a surdez é ainda, por vezes, consequência de doenças que se podem tratar, e isso devido à falta de assistência sanitária e de políticas e legislações apropriadas.”

Uma humanidade aberta à escuta e à comunhão com Deus

O Papa considera que o episódio bíblico da cura do surdo-mudo, por parte de Jesus, revela o seu desejo de “criar uma nova humanidade”, sintonizada na “escuta”, “comunicação” e “comunhão com Deus”.

“Jesus não sara apenas a surdez física, mas indica que existe uma outra forma de surdez de que a humanidade precisa de ser curada, ou melhor ser salva: a surdez do espírito, que levanta barreiras sempre cada vez mais elevadas à voz de Deus e do próximo, especialmente ao grito de ajuda dos últimos e dos sofredores, e encerra o homem num egoísmo profundo e destruidor”, afirmou o Papa.

De acordo com a narrativa bíblica, a palavra aramaica «effathá», que significa «abre-te», foi utilizada por Jesus na cura de um surdo-mudo. O simbolismo do termo é evocado na maior parte das modalidades de preparação para o Baptismo, quando o celebrante impõe as mãos sobre a pessoa a baptizar e reza para que ela possa entender a pa­lavra de Deus e professar a fé que recebeu no sacramento.

Fonte :http://www.feneis.com.br/page/noticias_detalhe.asp?cod=1099



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