Hoje é possível se hospedar em uma nave espacial como turista em companhia dos astronautas que viajam no ônibus espacial ou na nave russa Soyuz.
Um dos caminhos é viajar como astronauta amador desembolsando de 10 a 20 milhões de dólares. O outro é submeter-se a um treinamento simbólico e pagar 35 milhões de dólares.
Durante o passeio de dez dias , o turista pode tirar muitas fiotos , além de acenar para as famílias nas transmissões de TV.
A empresa Virgian Galactic irá realizar a primeira excursão ao cosmo e o passageiro que não irá pagar nada pelo passeio será James Lovelock , um dos mais respeitados ambientalista da atualidade.
terça-feira, 31 de março de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
TCC
PROJETO DE PESQUISA
COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO UNIFEV 2009
Aluno: Arinaldo Gomes da Costa
AS RELAÇÕES DOS SURDOS COM A INTERNET E AS CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E SOCIAL DA COMUNIDADE SURDA.
O presente trabalho busca investigar e levantar dados sobre a relação dos surdos da APADAF (Associação dos Pais e Amigos dos deficientes auditivos de Fernandópolis) com a internet, identificando as contribuições do ciberespaço aos surdos da entidade que tem acesso ao ambiente web 2.0. Sabemos que a legislação brasileira é considerada uma das melhores do mundo no que se refere aos direitos dos deficientes e teve, a partir de 1990, um papel importantíssimo para as conquistas da comunidade surda em diversos campos ,mas principalmente na educação e no acesso ao mercados de trabalho . Entre as conquistas podemos destacar a oficialização das Libras (a Língua Brasileira de sinais No Brasil, a presença de intérpretes nas escolas e obrigatoriedade das escolas públicas e privadas de não recusar alunos com necessidades especiais como ocorria no passado. Em se tratando de mercado de trabalho foi criada em 1991, a Lei de Cotas, que obriga as empresas com mais de cem funcionários a reservar de dois a cinco por cento das vagas para àqueles que antes eram marginalizados e tratados como um ser menor. O setor empresarial também tem contribuído significativamente com as entidades sociais através dos programas de responsabilidade social , porém a dificuldade de elaboração de projetos não permite que muitas entidades usufruam dos benefícios oferecidos pelas empresas .
Entendendo que é preciso avançar principalmente na formação intelectual e social dos surdos para que possam ter mais condições de competir no mercado de trabalho e serem protagonistas das transformações que almejam . Isso, a meu ver é possível através do conhecimento e uma das ferramentas que podem contribuir para esta transformação é a Internet e suas possibilidades.
Objetivo Geral: Desenvolvimento intelectual, profissional e social da comunidade surda da APADAF- entenda-se comunidade surda como sendo: alunos, professores, fonoaudiólogos, voluntários e pais.
Objetivos Específicos: Criação de um site para a APADAF que deverá produzir textos, artigos e eventos relacionados à surdez para que a entidade possa ter uma identidade e que seja um ambiente de desenvolvimento de toda a comunidade surda.
Justificativa: A alfabetização e a escrita é primordial para o desenvolvimento dos surdos.
Problema: Ao contrário de muitas associações de surdos, A APADAF não dispõe de nenhum meio de comunicação para divulgação para divulgação dos seus trabalhos, eventos e assuntos relacionados á surdez.
Hipótese: Uma das hipóteses é que esta iniciativa poderá servir de incentivo para que outras associações sintam-se motivadas a criarem o seu espaço virtual.
Proposta de Produto: Site ou Blog estruturado conforme as normas de acessibilidade.
Metodologia: Proponho fazer uma investigação de caráter quantitativo e qualitativo, dividida em duas fases. Num primeiro momento farei um levantamento dos alunos surdos na APADAF (Associação dos Pais e amigos deficientes auditivos de Fernandópolis) e a relação de cada um com a internet. Já, num segundo momento aplicarei questionários com os alunos e professores da entidade. Após analisar os dados e, tendo como referência teóricos que discutem a inclusão digital e a informação como importante ferramenta de inclusão Social, desenvolver com o apoio do projeto ABRACCE da Elektro um site para APADAF. A proposta é que o as informações do site sejam atualizadas pelos próprios alunos da APADAF com a supervisão e coordenação dos professores e profissionais da área de comunicação social.
Bibliografia básica:
ALVES, Patrícia Horta. Educomunicação: a experiência do Núcleo de Comunicação e Educação/ECA-USP. Dissertação de Mestrado, São Paulo, ECA/USP, 2002 (disponível na Biblioteca da ECA/USP).
BARI, Valéria Aparecida. Por uma epistemologia do campo da Educomunicação: a inter-relação comunicação e educação pesquisada nos textos geradores do "I Congresso Internacional sobre Comunicação e Educação". Dissertação de Mestrado, São Paulo, ECA/USP, 2002 (disponível na Biblioteca da ECA/USP).
BRAGA, José Luiz & CALAZANS, Maria Regina. Comunicação e Educação: questões delicadas na interface. São Paulo, Hacker Editores, 2001.
KAPLÚN, Mario. Processos Educativos e Canais de Comunicação. In: Revista Comunicação & Educação, São Paulo, Editora Moderna (14), jan/abr 1999, pp. 68-75.
SILVA FILHO, Genésio Zeferino. Educomunicação e sua metodologia: um estudo a partir de ONGs no Brasil. Tese de Doutorado, São Paulo, ECA/USP, 2004 (disponível na Biblioteca da ECA/USP).
SOARES, Ismar de Oliveira. Comunicação/educação: a emergência de um novo campo e o perfil de seus profissionais. In: Contato: revista brasileira de comunicação, arte e educação. Brasília, Ano 1, jan./mar. 1999, n. 2. pp. 19-74.
__________________________. Educomunicação: um campo de mediações. In: Comunicação & Educação. São Paulo, ECA/USP-Editora Segmento, Ano VII, set./dez. 2000, no. 19, pp. 12-24.
__________________________. Gestão comunicativa e educação: caminhos da educomunicação, In: Comunicação & Educação. São Paulo, ECA/USP-Editora Segmento, Ano VIII, jan./abr. 2002, no. 23, pp. 16-25.
__________________________. Sociedade da informação ou da comunicação. São Paulo, Cidade Nova, 1996.
COSTA,R. A cultura digital . São Paulo. Publifolha,2002.
LABOURIT,e. o VOO DA GAIVOTA. São Paulo, Best Seller, 1994.
LEVY, P. As tecnologias da Inteligência: O futuro do pensamento na era da Informática. Rio de Janeiro: Editora 34 ,1993.
LEVY, P. O que é Virtual.
SASSAKI, R. K. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. In: Revista Nacional de Reabilitação, ano V, n. 24, jan./fev. 2002, p. 6-9.
SASSAKI, R. K. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. In: Mídia e deficiência, Brasília: Agência de Notícias dos Direitos da Infância e Fundação Banco do Brasil, 203, p. 160-165.
SASSAKI, R. K. Como chamar as pessoas que têm deficiência.
:http://www.celsobadin.com/surdo/estatisticas
http://apadaf.blogspot.com
http://www.escoladegente.org.br/mypublish3/VisualizarPublicacao.asp?CodigoDaPublicacao=867&visualizar=1&CodigoDoTemplate=2
COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO UNIFEV 2009
Aluno: Arinaldo Gomes da Costa
AS RELAÇÕES DOS SURDOS COM A INTERNET E AS CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E SOCIAL DA COMUNIDADE SURDA.
O presente trabalho busca investigar e levantar dados sobre a relação dos surdos da APADAF (Associação dos Pais e Amigos dos deficientes auditivos de Fernandópolis) com a internet, identificando as contribuições do ciberespaço aos surdos da entidade que tem acesso ao ambiente web 2.0. Sabemos que a legislação brasileira é considerada uma das melhores do mundo no que se refere aos direitos dos deficientes e teve, a partir de 1990, um papel importantíssimo para as conquistas da comunidade surda em diversos campos ,mas principalmente na educação e no acesso ao mercados de trabalho . Entre as conquistas podemos destacar a oficialização das Libras (a Língua Brasileira de sinais No Brasil, a presença de intérpretes nas escolas e obrigatoriedade das escolas públicas e privadas de não recusar alunos com necessidades especiais como ocorria no passado. Em se tratando de mercado de trabalho foi criada em 1991, a Lei de Cotas, que obriga as empresas com mais de cem funcionários a reservar de dois a cinco por cento das vagas para àqueles que antes eram marginalizados e tratados como um ser menor. O setor empresarial também tem contribuído significativamente com as entidades sociais através dos programas de responsabilidade social , porém a dificuldade de elaboração de projetos não permite que muitas entidades usufruam dos benefícios oferecidos pelas empresas .
Entendendo que é preciso avançar principalmente na formação intelectual e social dos surdos para que possam ter mais condições de competir no mercado de trabalho e serem protagonistas das transformações que almejam . Isso, a meu ver é possível através do conhecimento e uma das ferramentas que podem contribuir para esta transformação é a Internet e suas possibilidades.
Objetivo Geral: Desenvolvimento intelectual, profissional e social da comunidade surda da APADAF- entenda-se comunidade surda como sendo: alunos, professores, fonoaudiólogos, voluntários e pais.
Objetivos Específicos: Criação de um site para a APADAF que deverá produzir textos, artigos e eventos relacionados à surdez para que a entidade possa ter uma identidade e que seja um ambiente de desenvolvimento de toda a comunidade surda.
Justificativa: A alfabetização e a escrita é primordial para o desenvolvimento dos surdos.
Problema: Ao contrário de muitas associações de surdos, A APADAF não dispõe de nenhum meio de comunicação para divulgação para divulgação dos seus trabalhos, eventos e assuntos relacionados á surdez.
Hipótese: Uma das hipóteses é que esta iniciativa poderá servir de incentivo para que outras associações sintam-se motivadas a criarem o seu espaço virtual.
Proposta de Produto: Site ou Blog estruturado conforme as normas de acessibilidade.
Metodologia: Proponho fazer uma investigação de caráter quantitativo e qualitativo, dividida em duas fases. Num primeiro momento farei um levantamento dos alunos surdos na APADAF (Associação dos Pais e amigos deficientes auditivos de Fernandópolis) e a relação de cada um com a internet. Já, num segundo momento aplicarei questionários com os alunos e professores da entidade. Após analisar os dados e, tendo como referência teóricos que discutem a inclusão digital e a informação como importante ferramenta de inclusão Social, desenvolver com o apoio do projeto ABRACCE da Elektro um site para APADAF. A proposta é que o as informações do site sejam atualizadas pelos próprios alunos da APADAF com a supervisão e coordenação dos professores e profissionais da área de comunicação social.
Bibliografia básica:
ALVES, Patrícia Horta. Educomunicação: a experiência do Núcleo de Comunicação e Educação/ECA-USP. Dissertação de Mestrado, São Paulo, ECA/USP, 2002 (disponível na Biblioteca da ECA/USP).
BARI, Valéria Aparecida. Por uma epistemologia do campo da Educomunicação: a inter-relação comunicação e educação pesquisada nos textos geradores do "I Congresso Internacional sobre Comunicação e Educação". Dissertação de Mestrado, São Paulo, ECA/USP, 2002 (disponível na Biblioteca da ECA/USP).
BRAGA, José Luiz & CALAZANS, Maria Regina. Comunicação e Educação: questões delicadas na interface. São Paulo, Hacker Editores, 2001.
KAPLÚN, Mario. Processos Educativos e Canais de Comunicação. In: Revista Comunicação & Educação, São Paulo, Editora Moderna (14), jan/abr 1999, pp. 68-75.
SILVA FILHO, Genésio Zeferino. Educomunicação e sua metodologia: um estudo a partir de ONGs no Brasil. Tese de Doutorado, São Paulo, ECA/USP, 2004 (disponível na Biblioteca da ECA/USP).
SOARES, Ismar de Oliveira. Comunicação/educação: a emergência de um novo campo e o perfil de seus profissionais. In: Contato: revista brasileira de comunicação, arte e educação. Brasília, Ano 1, jan./mar. 1999, n. 2. pp. 19-74.
__________________________. Educomunicação: um campo de mediações. In: Comunicação & Educação. São Paulo, ECA/USP-Editora Segmento, Ano VII, set./dez. 2000, no. 19, pp. 12-24.
__________________________. Gestão comunicativa e educação: caminhos da educomunicação, In: Comunicação & Educação. São Paulo, ECA/USP-Editora Segmento, Ano VIII, jan./abr. 2002, no. 23, pp. 16-25.
__________________________. Sociedade da informação ou da comunicação. São Paulo, Cidade Nova, 1996.
COSTA,R. A cultura digital . São Paulo. Publifolha,2002.
LABOURIT,e. o VOO DA GAIVOTA. São Paulo, Best Seller, 1994.
LEVY, P. As tecnologias da Inteligência: O futuro do pensamento na era da Informática. Rio de Janeiro: Editora 34 ,1993.
LEVY, P. O que é Virtual.
SASSAKI, R. K. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. In: Revista Nacional de Reabilitação, ano V, n. 24, jan./fev. 2002, p. 6-9.
SASSAKI, R. K. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. In: Mídia e deficiência, Brasília: Agência de Notícias dos Direitos da Infância e Fundação Banco do Brasil, 203, p. 160-165.
SASSAKI, R. K. Como chamar as pessoas que têm deficiência.
:http://www.celsobadin.com/surdo/estatisticas
http://apadaf.blogspot.com
http://www.escoladegente.org.br/mypublish3/VisualizarPublicacao.asp?CodigoDaPublicacao=867&visualizar=1&CodigoDoTemplate=2
sexta-feira, 6 de março de 2009
Fichamento
ARINALDO GOMES DA COSTA
7º PERÍODO COMUNICAÇÃO SOCIAL- JORNALISMO
UNIFEV
PROFESSOR:ANDRÉ TERUIA
TECNOLOGIAS DIGITAIS: NOVOM ESPAÇO INTERATIVO NA PRODUÇÃO ESCRITA DOS SURDOS
Autor: Rossana Delmar de Lima Arcoverde
Preconceito ouvinte surdo
“Lane ( 1984) em seu livro Quando a mente ouve : A história do surdo ,conta que os surdos geralmente ,na Antiguidade e na idade média eram rejeitados no convívio social e considerados mal educados e incapazes de serem educados,sendo classificados muitas vezes como pessoas selvagens e não civilizadas. Esses conceitos na verdade são atribuídos para ressaltar uma anormalidade em comparação com a maioria dos ouvintes e legitimam o estigma da deficiência. (pag 252, parágrafo 6).”
A importância do desenvolvimento da escrita para o surdo
“È a partir do uso da escrita como tecnologia que conhecimentos científicos e populares são divulgados de geração a geração, propiciando a documentação e registro de idéias , de sentimentos, de informações e da história de um povo. “ Sem a escrita não há datas , nem arquivos, não há listas de observações, tabela de números, não há códigos legislativos e filosóficos e muito menos críticas destes sistemas”( Levy,1992,pg.96).”( pg.4).
“... escrever é fazer uso de um instrumento cultural e ideológico que permite ao sujeito refletir ,elaborar o conhecimento e tomar consciência ideológica de si e do mundo que o rodeia. È antes de tudo fazer ser lido e ler,compreender , responder , perguntar ou argumentar. È usar uma língua que carrega consigo valores , entoações , estilos , gêneros e discursos. È portanto , fazer uso de uma linguagem social, cultural,ideológica e política.” ( pg. 17).
A escrita e as novas tecnologias digitais
“Os recursos das novas tecnologias podem, portanto ser utilizados como instrumentos no processo de apropriação da linguagem escrita em língua portuguesa. Essas tecnologias ao abrirem possibilidades também para novas construções constituem-se num espaço de apropriação cada vez mais explorado em especial pelas práticas de educação a distância ou semipresencial.” ( pg. 5 ).
“A escrita através da internet, possibilita ao surdo escrever e português e pensar em português fazendo o uso social da linguagem escrita incorporada a necessidade discursiva. Nesse caso, podemos verificar que os surdos quando vivenciam essa experiência, podem penetrar numa situação concreta de enunciação e usar a linguagem escrita em língua portuguesa para interagir com os outros .
Mediante essa nova situação de produção, é propício abrir um espaço propiciador de interações e permitir que as enunciações aconteçam engendradas pela necessidade efetiva de uso da linguagem escrita. Devemos para tanto possibilitar no contexto digital condições para que vozes/ enunciados se entrecruzem na configuração de um espaço onde os surdos e a palavra escrita em língua portuguesa possam se encontrar,tendo em vista que , se ao conhecimento subjaz um diálogo ativo e responsivo, sem a palavra não pode haver conhecimento.”( pg 6).
“As tecnologias digitais permitem aos surdos, assim com aos ouvintes ,introduzirem espontaneamente na língua que estão usando para se comunicar, e inscrevendo –se numa atividade enunciativo-discursiva, ressignificar sua escrita ,fazendo um uso social da linguagem . Permitem que num sentido amplo ,tenham a oportunidade de interagir e aprender,independente de sua condição física”. (pg 7)
“ A análise das produções escritas dos surdos assinala que a interação vivida no contexto digital é um caminho que deve ser tecido pouco a pouco ,dia a dia, byte a byte e que podem constituir surdos e ouvintes em interlocutores efetivos que compartilham experiências ,conhecimentos e linguagens sociais. As conexões estabelecidas formam os fios dialógicos e ideológicos necessários para o encontro plurilíngüe de enunciados,de vozes , de entoações ,de temas e de pontos de vista ,abrindo-se assim, novo espaço de interação para o surdo.(pg 14).
7º PERÍODO COMUNICAÇÃO SOCIAL- JORNALISMO
UNIFEV
PROFESSOR:ANDRÉ TERUIA
TECNOLOGIAS DIGITAIS: NOVOM ESPAÇO INTERATIVO NA PRODUÇÃO ESCRITA DOS SURDOS
Autor: Rossana Delmar de Lima Arcoverde
Preconceito ouvinte surdo
“Lane ( 1984) em seu livro Quando a mente ouve : A história do surdo ,conta que os surdos geralmente ,na Antiguidade e na idade média eram rejeitados no convívio social e considerados mal educados e incapazes de serem educados,sendo classificados muitas vezes como pessoas selvagens e não civilizadas. Esses conceitos na verdade são atribuídos para ressaltar uma anormalidade em comparação com a maioria dos ouvintes e legitimam o estigma da deficiência. (pag 252, parágrafo 6).”
A importância do desenvolvimento da escrita para o surdo
“È a partir do uso da escrita como tecnologia que conhecimentos científicos e populares são divulgados de geração a geração, propiciando a documentação e registro de idéias , de sentimentos, de informações e da história de um povo. “ Sem a escrita não há datas , nem arquivos, não há listas de observações, tabela de números, não há códigos legislativos e filosóficos e muito menos críticas destes sistemas”( Levy,1992,pg.96).”( pg.4).
“... escrever é fazer uso de um instrumento cultural e ideológico que permite ao sujeito refletir ,elaborar o conhecimento e tomar consciência ideológica de si e do mundo que o rodeia. È antes de tudo fazer ser lido e ler,compreender , responder , perguntar ou argumentar. È usar uma língua que carrega consigo valores , entoações , estilos , gêneros e discursos. È portanto , fazer uso de uma linguagem social, cultural,ideológica e política.” ( pg. 17).
A escrita e as novas tecnologias digitais
“Os recursos das novas tecnologias podem, portanto ser utilizados como instrumentos no processo de apropriação da linguagem escrita em língua portuguesa. Essas tecnologias ao abrirem possibilidades também para novas construções constituem-se num espaço de apropriação cada vez mais explorado em especial pelas práticas de educação a distância ou semipresencial.” ( pg. 5 ).
“A escrita através da internet, possibilita ao surdo escrever e português e pensar em português fazendo o uso social da linguagem escrita incorporada a necessidade discursiva. Nesse caso, podemos verificar que os surdos quando vivenciam essa experiência, podem penetrar numa situação concreta de enunciação e usar a linguagem escrita em língua portuguesa para interagir com os outros .
Mediante essa nova situação de produção, é propício abrir um espaço propiciador de interações e permitir que as enunciações aconteçam engendradas pela necessidade efetiva de uso da linguagem escrita. Devemos para tanto possibilitar no contexto digital condições para que vozes/ enunciados se entrecruzem na configuração de um espaço onde os surdos e a palavra escrita em língua portuguesa possam se encontrar,tendo em vista que , se ao conhecimento subjaz um diálogo ativo e responsivo, sem a palavra não pode haver conhecimento.”( pg 6).
“As tecnologias digitais permitem aos surdos, assim com aos ouvintes ,introduzirem espontaneamente na língua que estão usando para se comunicar, e inscrevendo –se numa atividade enunciativo-discursiva, ressignificar sua escrita ,fazendo um uso social da linguagem . Permitem que num sentido amplo ,tenham a oportunidade de interagir e aprender,independente de sua condição física”. (pg 7)
“ A análise das produções escritas dos surdos assinala que a interação vivida no contexto digital é um caminho que deve ser tecido pouco a pouco ,dia a dia, byte a byte e que podem constituir surdos e ouvintes em interlocutores efetivos que compartilham experiências ,conhecimentos e linguagens sociais. As conexões estabelecidas formam os fios dialógicos e ideológicos necessários para o encontro plurilíngüe de enunciados,de vozes , de entoações ,de temas e de pontos de vista ,abrindo-se assim, novo espaço de interação para o surdo.(pg 14).
terça-feira, 3 de março de 2009
Labourit
" Quero entender o que eles dizem . Estou enjoada de ser prisioneira desse silêncio que não procuram romper. Esforço-me o tempo todo, eles não muito. Os ouvintes não se esforçam . Queria que se esforçassem" . ( Labourit,1994, pág.39)
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